10-11-2020
Elvira Fortunato, professora catedrática e vice-reitora da Universidade NOVA de Lisboa, foi distinguida pelo governo do Chile com o Prémio Estreito de Magalhães, que destacou o seu espírito “explorador, inovador e perseverante”. O prémio foi criado pela Fundación Imagen de Chile com o objetivo de comemorar os 500 anos da primeira circum-navegação da Terra pelo navegador português Fernão de Magalhães.
Em carta dirigida à cientista, o embaixador do Chile em Portugal, Pedro Pablo Diaz, sublinha a importância da investigação pioneira de Elvira Fortunato na área da electrónica transparente, bem como o projecto “Invisível”, recentemente galardoado com o prémio “Impact Horizon 2020”, dado o potencial das suas repercussões “sociais e económicas”.
O galardão, entregue a 10 de novembro na Embaixada do Chile em Lisboa, "pretende distinguir os novos Magalhães de Portugal e de outros países que, tal como o seu navegador, têm conseguido encontrar soluções para problemas globais, ultrapassando os desafios ou ‘estreitos’ que se apresentam no caminho”. O embaixador recorda que o “Estreito de Magalhães representa o início da globalidade” e também “a primeira volta ao mundo”, um evento que transformou o mundo como até então se conhecia.
A cientista, que é considerada a “mãe” do transístor de papel, dirige o Centro de Investigação de Materiais (CENIMAT) e o Instituto de Nanoestruturas, Nanomodelação e Nanofabricação (i3N). Além de acumular dezenas de prémios nacionais e internacionais, é ainda um dos sete membros do Grupo de Alto Nível de Aconselhamento Científico da Comissão Europeia. Os seus projetos já foram distinguidos com duas Bolsas Avançadas do Conselho Europeu de Investigação no valor total de quase seis milhões de euros.
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